A Coca-Cola atendeu ao pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, e anunciou o lançamento de uma versão do refrigerante com açúcar de cana produzido nos EUA. No entanto, a mudança não será generalizada, pois o país não produz açúcar de cana o suficiente para atender à demanda.
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Os EUA produzem 4 milhões de toneladas de açúcar de cana por ano, o que não é suficiente para suprir a demanda interna de 7,5 milhões de toneladas. Isso significa que 3,5 milhões de toneladas precisam ser importadas, e o Brasil é o maior fornecedor, exportando cerca de 1 milhão de toneladas anuais para os EUA.
O Brasil é o maior produtor de açúcar de cana do mundo, com uma produção de 43 milhões de toneladas em 2024. Mais de 70% dessa produção é exportada, totalizando 31,7 milhões de toneladas. A Índia é o único outro país que produz uma quantidade similar, mas a maior parte da produção indiana é consumida internamente.
Se a Coca-Cola adotasse açúcar de cana em toda a sua linha nos EUA, teria de recorrer às importações do Brasil. A indústria de refrigerantes é a maior consumidora de xarope de milho, o que significa que a demanda por açúcar de cana seria muito alta.
O fato de a Coca-Cola ter escolhido produzir apenas uma versão do refrigerante com açúcar de cana produzido nos EUA é uma demonstração de que a produção nacional não é suficiente para atender à demanda. O Brasil, portanto, continua a ser um importante playerName na produção e exportação de açúcar de cana.