A maior disputa societária do Brasil, que envolveu a empresa Eldorado Celulose pelo controle da empresa, também foi o maior teste para a arbitragem empresarial no país.

A disputa entre J&F e Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose acumulou questionamentos sobre a arbitragem, suspeitas de espionagem, troca de árbitros e batalhas judiciais paralelas. Durante sete anos, a disputa não encontrou solução judicial ou arbitral, mas sim um acordo bilionário fechado em uma sala do banco BTG Pactual, no qual a família Batista aceitou recomprar a parte do antigo sócio por US$ 2,7 bilhões.

O caso da Eldorado expôs os limites do sistema de resolução de conflitos fora dos tribunais, mas não representou uma derrota para o modelo de arbitragem. A maior parte das arbitragens ainda são resolvidas fora dos tribunais.

Mesmo com seus custos e restrições, a arbitragem se consolidou como o principal foro usado por grandes companhias para resolver disputas societárias, concessões e fusões. Um sistema técnico, confidencial e caro que virou o tribunal discreto dos negócios.

A arbitragem empresarial, que completa três décadas no país em 2026, enfrentou seu maior desafio, mas não foi derrotada. O caso da Eldorado serviu como um teste para o sistema, expôs seus limites e consolidou a arbitragem como um modelo eficaz para resolver disputas entre grandes empresas.

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