Como um Irã encurralado pode levar o comércio global de petróleo ao caos

Os ataques aéreos dos EUA contra instalações nucleares do Irã aumentaram o foco em uma opção que Teerã ainda não utilizou no conflito: interromper o tráfego do petróleo no crítico Estreito de Ormuz.

O Irã já ameaçou fechar o estreito, que é responsável por 20% da oferta mundial de petróleo por dia. No entanto, em vez de uma ação drástica, Teerã tem opções menos radicais para calibrar uma resposta que prejudique seus inimigos sem afetar aliados como a China, seu maior comprador de petróleo.

Um fechamento total do Estreito de Ormuz por mais de algumas horas ou dias seria catastrófico, considerado improvável por muitos analistas. Isso estrangularia o fluxo de petróleo, provocando uma disparada nos preços. Estima-se que o petróleo poderia aumentar 70%, impulsando a inflação global e pressionando o crescimento econômico.

Até o momento, o transporte de petróleo pela região, incluído o Estreito de Ormuz, segue praticamente inalterado. As exportações do próprio Irã aumentaram e o tráfego de petroleiros pelo estreito permaneceu estável. No entanto, o Ministério de Navegação da Grécia aconselhou que os armadores do país revisassem o uso da rota.

Se o Irã decidir mirar o petróleo como forma de retaliação aos ataques dos EUA, sua posição geográfica estratégica pode ser usada para exercer pressão sobre o comércio global de petróleo.

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