A expectativa de uma aprovação sem restrições para a fusão entre Petz e Cobasi ficou mais distante após um parecer da área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O estudo identificou riscos relevantes de concentração em parte expressiva do território nacional, sinalizando que a operação exigirá uma análise mais aprofundada — e possivelmente ajustes.

A nota técnica do Departamento de Estudos Econômicos (DEE) revelou que, mesmo no cenário mais favorável às empresas, mais de 230 micro-mercados locais já exigem análise aprofundada. No cenário mais conservador, esse número sobe para 330 áreas de influência, definidas por um raio de até 15 minutos de carro ao redor das lojas.

O estudo também recalculou o nível de concentração de mercado usando o índice HHI (Herfindahl-Hirschman Index), uma medida que vai de 0 (concorrência total) a 10.000 (monopólio). Na fusão Petz-Cobasi, o HHI saltaria entre 700 e 800 pontos em diversas regiões, chegando a faixas entre 2.100 e 2.200 — o que coloca muitos mercados locais no nível de preocupação.

Isso significa que a fusão pode gerar um efeito negativo na concorrência em muitas regiões do país, tendo em vista que o HHI é uma medida que indica o grau de concentração de mercado. Quanto maior o número, mais dominado é o mercado por poucos players.

Essa análise mais aprofundada e possível ajustes podem atrasar a aprovação da fusão entre Petz e Cobasi, ao menos que as empresas apresentem soluções para minimizar os riscos de concentração identificados pelo Cade.

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